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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Notícias: Agência Ecclesia - Risco de narcisismo de teólogos

Vaticano: Papa pede aos teólogos que evitem o risco do narcisismo



Francisco recebeu instituições académicas pontifícias ligadas aos jesuítas


O Papa Francisco pediu hoje no Vaticano que os estudantes e professores de Teologia prestem atenção à sua vida espiritual para que não caiam no “narcisismo”.

“O teólogo que não reza e que não adora a Deus acaba por afundar-se no narcisismo mais repugnante e esta é uma doença eclesiástica. Faz muito mal o narcisismo dos teólogos, dos pensadores”, alertou, numa audiência aos alunos, docentes e outros profissionais da Universidade Pontifícia Gregoriana, do Instituto Pontifício Bíblico e do Instituto Pontifício Oriental.



O discurso centrou-se na relação entre “estudo e vida espiritual”, para criar uma “verdadeira hermenêutica evangélica” que permita perceber melhor a via e o mundo.
“A filosofia e a teologia permitem adquirir as convicções que estruturam e fortificam a inteligência e iluminam a vontade, mas tudo isto apenas é fecundo se for feito com a mente aberta e de joelhos”, aconselhou.



Para o Papa, um teólogo que se “compraz” no seu pensamento completo e fechado é um “medíocre”.
As instituições académicas presentes estão confiadas à Companhia de Jesus (jesuítas), família religiosa do Papa Francisco, o qual pediu “criatividade e imaginação” para enfrentar o futuro e encontrar “caminhos novos, sem medo”.

“Os vossos institutos não são máquinas para produzir teólogos e filósofos, são comunidade nas quais se cresce e o crescimento tem lugar na família”, observou.

Nesse sentido, o Papa afirmou que a família universitária é indispensável para criar “uma atitude de humanidade e sabedoria concretas” que fará dos estudantes pessoas capazes de “transmitir a verdade na dimensão humana”, em vez de alguém “mascarado de formalismos”.

“O contacto respeitoso e diário com o trabalho duro e do testemunho de homens e mulheres que trabalham nas vossas instituições vai dar-vos a muito necessária dose de realismo para que a vossa ciência seja ciência humana e não de laboratório”, concluiu.
OC

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