Jornal Público |
Após ter lido
com toda a atenção a entrevista do Jornal Publico com Philippe Legrain, não posso de deixar aqui um “grito”
A ignorância de
quem nos (des)“governa” esconde-se na mais lamentável e absurda soberba e
arrogância. Aliás só é arrogante quem é ignorante e fraco.
Este sim, este
é o pecado, porque conscientemente provocam a humilhação, o desgaste e o
desespero, é isto que leva à indignação e ao apelo pela justiça (cf. Lc
18,7-8). A revolta de S. Paulo em relação aos gálatas e aos coríntios,
apresenta-se atualíssimo, mexendo com a consciência individual e coletiva.
Ninguém, mesmo ninguém pode ficar indiferente ao sofrimento do injustiçado, à
perca da dignidade devido à aliança entre poder político e sistema financeiro.
Esta ação tem levado ao enfraquecimento da esperança, sendo que no mar do
desespero vemos os mentirosos a apregoarem um sucesso em cima da miséria do
outros, desses que deveriam ser os mais protegidos. São esses os pobres, são
esses os que têm sede de justiça, foi deles que Jesus falou nas
Bem-aventuranças, dando assim voz a quem não tem voz.
A indignação
que aparece no Apocalipse em relação à prostituta “Roma” tem hoje uma nova
morada....
Essa coisa de
“vender a alma ao diabo” não está nas superstições da magia, está estampada nos
nossos dias, na forma como o homem trai o homem e assim trai a Deus,
ausentando-se totalmente Dele; não é Ele que nos abandona mas sim nós que O
abandonamos. O inferno reflete-se na ausência de humanidade, porque onde falta
humanidade falta amor e onde falta amor falta Deus, ficando à tona os
“fariseus” que do cimo da seu trono cospem o veneno (cf. Mt 23,33) sobre os que
mais necessitam de acolhimento e dignidade, deixemos a caridadezinha e sejamos
pessoas dignas desse nome.
A consciência da
indignação ardente contra o mal é expressão plena pela busca da virtude da verdade, aqui
não há ódio de vingança, mas tão só, sede de justiça, sede de Deus.
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