A vida
cristã deve enquadrar-se na capacidade em vivermos a vida na sua plenitude. Uma
vivência em que nos deixemos (na abertura espiritual) ser tocados por Deus. No
entanto é necessário aceitá-lo como Ele É, Deus não é manipulável nem está
apenas dentro de conceitos conforme os nossos anseios meramente pessoais. Deus
é amor, desta forma Ele é fonte de vida, alegria, liberdade, paz e salvação.
Todo isto conjugado num ponto essencial: relacionamento – porque Deus sendo
Trino é Ele próprio relação.
Acima
de tudo é fundamental celebrar a vida,
a religiosidade cristã deve sempre fazer da vida uma celebração contínua em comunhão entre todos. Não olhar para
a vida com alegria é romper com a essência da Boa Nova, porque onde está Deus
está a vida no seu sentido pleno, e a plenitude está no amor na qual esta se
deve sempre enquadrar.
Jesus
mostra-nos, através da proximidade com o Pai, que Deus na sua dimensão trina,
tem no amor a relação fundamental, e essência em Si mesmo, Deus é claramente o Bem Supremo.
Um caminho em direção à santidade não é fácil, tendo em si mesmo a exigência ao qual não podemos de deixar de considerar, no entanto nesta exigência está a razão que sustenta a urgência da existência humana. Não há humanização sem uma relação de amor entre todos, em que valores como a alteridade, o respeito, a fraternidade, e o relacionamento afetivo sejam exaltados e executados no dia-a-dia, como realidade vivificante da realidade das coisas, ter uma vida plena em Deus é fazer da vida um lugar em que valha realmente a pena fazer parte integrante. Cada um dentro da sua singularidade deve fazer da sua existência um lugar em que todos sejam acolhidos, sem receios, mas sempre sabendo que ali está uma “mão” amiga e fraterna, que em vez de condenar acolhe e abraça…
Ao
estarmos presentes numa realidade concreta, a nossa posição enquanto cristãos
está na abertura da consciência a uma atitude moral perante as vicissitudes da
vida, e que perante elas devemos decidir segundo os mandamentos, e não andarmos
ao “sabor dos ventos”, ou de modas passageiras.
“Estar
em Cristo” e “ser em Cristo” é contemplarmos o Senhor, que através da Sua
autoridade nos mostra o caminho, uma autoridade que não se remete a uma mera
noção abstrata, mas sim feita ação concreta realizada num tempo concreto e que
a partir daí se faz presente a todos em todos os tempos.
Fazer
de Deus a centralidade da vida é ter a consciência plena dos laços que nos unem
a Ele e que através Dele nos unimos a todos, porque realmente TODOS somos
irmãos. Mais uma vez repito, façamos da vida uma celebração, na qual Deus nos
acompanha, tanto na realidade concreta do presente, como no que há-de vir.
Que a
paz de Cristo nos acompanhe sempre.
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