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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Certezas, incertezas!


"Que o vosso amor seja sincero. Detestai o mal e apegai-vos ao bem. Sede afetuosos uns para com os outros no amor fraterno; adiantai-vos uns aos outros na mútua estima.
Não sejais preguiçosos na vossa dedicação; deixai-vos inflamar pelo Espírito; entregai-vos ao serviço do Senhor.
Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação, perseverantes na oração.
Partilhai com os santos que passam necessidade; aproveitai todas as ocasiões para seres hospitaleiros.
Bendizei os que vos perseguem; bendizei, não amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que se alegram, chorai com os que choram.
Preocupai-vos em andar de acordo uns com os outros; não vos preocupeis com as grandezas, mas entregai-vos ao que é humilde; não vos julguei sábios por vós próprios. Não pagais a ninguém o mal com o mal; interessai-vos pelo que é bom diante de todos os homens.
Tanto quanto for possível e de vós dependa, vivei em paz com todos os homens. Não vos vinguei por vós próprios, caríssimos; mas deixai que seja Deus a castigar, pois está escrito:
É a mim que compete punir,Eu é que hei-de retribuir,diz o Senhor. Em vez disso, se o teu inimigo tem fome, dá-lhe de comer; se tem sede, dá-lhe de beber; porque, se fizeres isso, amontoarás carvões em brasa sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem." 


(Rom 12,9-21)




Vivemos uma época de transformação, em que diante de novos paradigmas, novas respostas são necessárias e urgentes. Temos notado que as “soluções” e os “caminhos” têm estado numa tensão permanente, em que as ideias nos aparecem como pouco sólidas, não passando muitas vezes de meras especulações, em que todos sabem a “resposta”, mas quando confrontados perante a decisão, as dúvidas e os medos assombram o pensamento, afectando-os nas decisões. Os valores não podem ser colocados numa “gaveta fechada” em que só se abrem à retórica fácil e de circunstância. As incertezas do futuro, não só nos inquietam, como muitas vezes nos dão uma sensação de que estamos no fim de algo, no fim de uma ideia de progresso assimilada e aceite por muitos.
Esta ideia do finito é para todos motivo de inquietação, somos pois chamados a enfrentar novas realidades políticas, económicas, sociais e ecológicas. Não podemos jamais ficar presos nos “obstáculos”, assentando as soluções em bases imediatistas (“soluções possíveis”), mas sim na busca de respostas efectivas e consistentes para o sucesso e harmonia da civilização. O mundo ocidental, tão orgulhoso de si, está num sobressalto constante, ultrapassar dificuldades não pode jamais fazer da acção humana factor de injustiça, mas sim fazer que todos sejam sujeitos ativos, fazendo da existência fator verdadeiramente aglutinador do ideal fundamental da vocação humana: a vida.



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