Translate

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Comunicar a Palavra


 

“Mas de modo nenhum considero a minha vida preciosa para mim mesmo, contando que a bom termo a minha carreira e o serviço que recebi do Senhor, ou seja, testemunhar o Evangelho da graça de Deus.” (Act. 20, 24)


O Cristianismo tem na sua missão a comunicação, sem ela a mensagem de Deus nunca nos chegaria.

Se na realidade alguém usou a comunicação como ferramenta fundamental, essa pessoa foi Jesus Cristo. Através da sua comunicação deu-se a conhecer à comunidade, para tal soube usar como ninguém, expressões e frases que marcaram a sua mensagem para todo o sempre. Da mesma forma as parábolas aparecem como um meio de fazer com que a sua mensagem fosse melhor entendida e acolhida no interior de cada um. É missão da Igreja comunicar, no entanto esta comunicação terá de se adaptar sempre, tanto aos novos meios de comunicação, como a sua linguagem terá de ser de compreensão para todos.

S. Paulo foi sem dúvida um dos grandes comunicadores do início do Cristianismo, ele que recebeu esta incumbência através do próprio Senhor (cf. Act. 9,4-6), levou a mensagem renovada (Boa Nova) a vários lugares, e principalmente aos dois lugares mais importantes da época: Grécia e Roma.
Através dele a palavra redentora deixou de fazer parte somente dos judeus passando a ser difundida para todos, S. Paulo foi na realidade o pioneiro na acção da universalização da palavra. Através do seu grande preparo, e com a luz do Espírito Santo, falou tanto para os mais simples como para a elite da altura, tornando desta forma a sua palavra nítida. Mesmo hoje, e com dois mil anos de diferença, os seus escritos continuam bem actuais. A sua missão, foi a de acolher a palavra e apresentá-la a todos - a comunicar -, fazendo também desta missão uma obrigação de vida. Uma Igreja que não saiba comunicar, não existe como tal, sendo que esta comunicação deverá ter sempre a inspiração em Jesus Cristo, e somente Nele.

A Igreja, enquanto instituição organizada, através da sua acção em diferentes áreas (que no entanto todas estão ligadas e centradas num objectivo comum: o ser humano), terá de se prepara sempre para que a sua abrangência seja compreendida e absorvida pela população. Esta “política de comunicação” em nada deverá estar em contraponto com a essência da sua doutrina institucional, antes pelo contrário, o uso de omissões ou de fugas da verdade, em nada se liga à essência da Igreja: verdade e coragem.
Uma comunicação acertada, responde aos anseios do homem, não só dos crentes como também daqueles que não se identificam no Cristianismo. Para tal a comunicação deverá estar sempre esclarecedora e frontal. Esclarecer não só a realidade da doutrina como a realidade da acção, mesmo isto que traga problemas. Esconder a realidade, poderá levar a certos resultados a curto prazo, no entanto isto é a antítese da razão, e desta forma as suas bases de sustentação cairão.



Sem comentários:

Enviar um comentário